segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

INICIO DA AVENTURA

Reflexão
Esta aventura, foi amadurecendo no seio da família Ramos. Desde há três anos que com mais ou menos elementos temos feitos estes caminhos Santos. Digo caminhos porque já são dois diferentes que se fizeram. Começamos como é natural pelo caminho português, no primeiro ano, no segundo fizemos o francês e por fim, por maioria repetimos o português na medida em que, se introduziram novos elementos e por vontade destes, o português era o preferido. Sendo assim, e para os repetentes era indiferente fazer um ou outro caminho, pusemos mãos à obra. Tenho de deixar aqui, um relevante elogio, pelo menos a estes dois caminhos que eu conheço. Para além da sua beleza natural, e patrimonial, que encontramos, é enriquecedor sob o ponto de vista cultural e espiritual. À medida que palmilhamos o caminho, somos envolvidos por um certo misticismo, e quanto mais se avança e as dificuldades vão sendo maiores, a nossa envolvência espiritual é chamada para nos ajudar a conseguir o nosso objectivo. Por mais ateus ou agnósticos que sejamos, quem se propõem a realizar esta caminhada, vai com certeza, e em determinado momento de dificuldade, pedir, porque não a Santiago, para lhe dar forças para ultrapassar as vicissitudes, que se encontram ao longo das etapas até à Catedral. Chegados a esta, é um momento de enorme emoção, um turbilhão de sentimentos indescritíveis, de quem viveu tamanha aventura. Dará com certeza bem empregue todo o sacrifício porque passou. Se não fosse assim, não valeria a pena o desgaste físico e psicológico durante os dias desta longa caminhada.
Tenho de deixar aqui a todos os peregrinos, um bem hajam pela entreajuda que manifestaram uns pelos outros, estabelecendo um relacionamento ímpar entre os oito magníficos, durante estes dias, vividos intensamente.
Também não posso deixar de agradecer, o empenho da minha esposa Augusta, da Terezinha, esposa do Domingos um dos magníficos, e por fim da Luísa esposa do Zézito. Estas senhoras proporcionaram-nos um maravilhoso repasto, na nossa primeira etapa. Devo confessar que foi com muita pena que se despediram de nós. Seria sua vontade sem duvida poderem-nos acompanhar ao longo desta maratona. Desta vez não foi possível mas quem sabe, para uma próxima oportunidade, nos brindarão com a gentileza da sua presença. Para elas muito obrigado, pela dedicação demonstrada

Sem comentários:

Enviar um comentário